abril 24, 2017

Óleo de Coco – Esclarecendo com Embasamento Científico



Nos últimos meses algumas entidades oficiais e veículos da mídia emitiram posicionamentos contra o consumo do óleo de coco, recomendando ao invés deste, os óleos de soja e girassol como opções mais saudáveis.

Um dos argumentos utilizados para “desrecomendar” este alimento natural foi o de que o óleo de coco não deve ser prescrito para a perda de peso.

Com isso realmente é preciso concordar. Em primeiro lugar, estamos falando de comida, e comida não se prescreve: come-se.

Em segundo, na nutrição não existem pílulas mágicas. Existem contextos e estratégias dos quais as engrenagens que os fazem funcionar não tem utilidade se são removidas do contexto.

Ou seja: se você está fazendo uma dieta com baixo carboidrato e utilizando o óleo de coco para se manter energizado na ausência das calorias de açúcares e amidos, é bem possível que o seu corpo perca excesso de peso.

Mas se você está praticando uma dieta comum, com bolos, cookies, barrinha de cereal e um ocasional fast food e de repente acrescenta óleo de coco na sua dieta, de fato não há chance de que seu corpo elimine seus excessos.


Fácil de entender né?

Pois é, mas muitas vezes proponentes e entusiastas de uma alimentação mais saudável se esquecem disso e acabam focando um ou outro alimento e os classificando de forma quase milagrosa.

O posicionamento poderia ter se dedicado a explicar melhor essa perspectiva, mas optou por apenas condenar o óleo de coco.

Dentre os outros argumentos utilizados, o mais fundamental seria que o óleo de coco, por ser uma gordura predominantemente saturada, pode elevar o risco de doenças coronárias.
Puxa, como argumentar contra esse fato? …  Talvez apresentando uma pequena lista de evidências do tipo 1 (grau máximo, diferentes dos estudos observacionais citados pelas “entidades oficiais”) que comprovam a TOTAL FALTA DE ASSOCIAÇÃO entre gorduras saturadas e problemas cardíacos.

Não sou eu quem está dizendo: é a ciência em seu grau mais conclusivo.

Uma metanálise publicada em 2015 no British Medical Journal (BMJ), feita por um especialista em cardiologia Intervencionista em Londres, Dr. Aseem Malhotra, mostra que todos os dados cientificamente relevantes conhecidos até hoje sobre a ingestão de gordura saturada e doenças cardíacas não apoiam qualquer associação significativa entre gordura saturada e risco cardiovascular.

Algumas citações:

“Insufficient evidence of association is present for intake of … saturated or polyunsaturated fatty acids; total fat … meat, eggs and milk.” Mente A, et al. A systematic review of the evidence supporting a causal link between dietary factors and coronary heart disease. Arch Intern Med. 2009 Apr 13;169(7):659-69.

Conclusions Saturated fats are not associated with all cause mortality, CVD, CHD, ischemic stroke, or type 2 diabetes, but the evidence is heterogeneous with methodological limitations. Trans fats are associated with all cause mortality, total CHD, and CHD mortality, http://www.bmj.com/content/351/bmj.h3978

49 estudos observacionais e 27 ensaios clínicos randomizados: Current evidence does not clearly support cardiovascular guidelines that encourage high consumption of polyunsaturated fatty acids and low consumption of total saturated fats.https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24723079

“…no significant evidence for concluding that dietary saturated fat is associated with an increased risk of CHD or CVD.”Siri-Tarino PW, et al. Meta-analysis of prospective cohort studies evaluating the association of saturated fat with cardiovascular disease. Am J Clin Nutr. 2010 Mar;91(3):535-46. 

Na sequência, há a desatualizada concepção de que o colesterol necessariamente causa problemas cardíacos, e que quanto mais baixo melhor.

Curiosamente este posicionamento optou por ignorar uma análise de 136 mil pacientes em 2009, que concluiu que quase da metade dos pacientes que foram hospitalizados com problemas cardíacos tinham o LDL normal ou baixo.

Também parecem ter sido ignoradas outras metanálises, e especialmente o estudo de Ramsden que demostra que NÃO HÁ UMA RELAÇÃO entre as flutuações de colesterol de LDL provocadas pela dieta e risco cardiovascular.

É o famoso “cherry picking”, ou o ato de selecionar dados que parecem comprovar a sua teoria e ignorar dados que a contradigam.

Isto é absolutamente comum no mundo científico. E é o que dá base para a maior parte das manchetes sensacionalistas.

Uma metanálise publicada em 2015 no British Medical Journal (BMJ), feita por um especialista em cardiologia Intervencionista em Londres, Dr. Aseem Malhotra, mostra que todos os dados cientificamente relevantes conhecidos até hoje sobre a ingestão de gordura saturada e doenças cardíacas não apoiam qualquer associação significativa entre gordura saturada e risco cardiovascular.

Algumas citações:

“Insufficient evidence of association is present for intake of … saturated or polyunsaturated fatty acids; total fat … meat, eggs and milk.” Mente A, et al. A systematic review of the evidence supporting a causal link between dietary factors and coronary heart disease. Arch Intern Med. 2009 Apr 13;169(7):659-69.

Conclusions Saturated fats are not associated with all cause mortality, CVD, CHD, ischemic stroke, or type 2 diabetes, but the evidence is heterogeneous with methodological limitations. Trans fats are associated with all cause mortality, total CHD, and CHD mortality, http://www.bmj.com/content/351/bmj.h3978

49 estudos observacionais e 27 ensaios clínicos randomizados: Current evidence does not clearly support cardiovascular guidelines that encourage high consumption of polyunsaturated fatty acids and low consumption of total saturated fats.https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24723079

“…no significant evidence for concluding that dietary saturated fat is associated with an increased risk of CHD or CVD.”Siri-Tarino PW, et al. Meta-analysis of prospective cohort studies evaluating the association of saturated fat with cardiovascular disease. Am J Clin Nutr. 2010 Mar;91(3):535-46. 

Na sequência, há a desatualizada concepção de que o colesterol necessariamente causa problemas cardíacos, e que quanto mais baixo melhor.

Curiosamente este posicionamento optou por ignorar uma análise de 136 mil pacientes em 2009, que concluiu que quase da metade dos pacientes que foram hospitalizados com problemas cardíacos tinham o LDL normal ou baixo.

Também parecem ter sido ignoradas outras metanálises, e especialmente o estudo de Ramsden que demostra que NÃO HÁ UMA RELAÇÃO entre as flutuações de colesterol de LDL provocadas pela dieta e risco cardiovascular.

É o famoso “cherry picking”, ou o ato de selecionar dados que parecem comprovar a sua teoria e ignorar dados que a contradigam.

Isto é absolutamente comum no mundo científico. E é o que dá base para a maior parte das manchetes sensacionalistas.
F
O fato concreto é que o colesterol é IMPORTANTE para a saúde dos hormônios e do cérebro. O LDL é composto de 11 tipos de lípides, sendo que somente 2 são nocivos. Os outros 9 são essenciais para a Saúde.

A concepção de que o colesterol deve ser o mais baixo possível pode trazer consequências severas em diversos campos da Saúde.
Lembre-se, não sou eu que estou dizendo, são as pesquisas mais recentes, sólidas e atuais.

Embora estas considerações polêmicas contra o óleo de coco e a favor dos óleos refinados sejam de associações médicas reconhecidas e oficiais, não podemos esquecer que essa não é a opinião de inúmeras referências internacionais, incluindo médicos especialistas diversos e fontes rigorosas de pesquisas como o UpToDate, a Academy of Nutrition and Dietetics, o American Journal of Clinical Nutrition, o Medscape e o OpenHeart.

O Óleo de coco é de uso milenar e em algumas culturas fornece mais de 60% das calorias diárias, sendo que problemas cardíacos são basicamente inexistentes. Um estudo sobre o elevado teor de gordura saturada do coco em ilhas da Polinésia termina assim:

there is no evidence of the high saturated fat intake having a harmful effect in these populations (não há evidências que um elevado consumo de gorduras saturadas cause qualquer efeito nocivo nessas populações).

Outro exemplo incrivelmente ilustrativo é fornecido por um professor, Grant Schofield, que trabalhava em duas ilhas do Pacífico, em íntimo contato com duas populações da mesma etnia, sendo que uma ainda consumia sua dieta tradicional, com 60% das calorias compostas de gordura saturada de coco, e a outra com a dieta já modernizada. Vejamos um trecho de sua descrição:

“Em Vanuatu, as pessoas comem da forma que vêm comendo há décadas – mantimentos que eles mesmo plantam, colhem ou pescam – principalmente peixes, hortaliças e coco. Em torno de 60% de suas calorias vêm da gordura, mais do que o dobro da ingesta na Nova Zelândia. Havia muito pouco carboidrato, apenas uma pequena quantidade de arroz. Enquanto isso, em Kiribati, sobreviviam com alimentos importados de baixo custo como refrigerantes, arroz branco, farinha de trigo, açúcar, peixes enlatados e macarrão instantâneo. Em Vanuatu, a maior parte da população parecia saudável e feliz, vivendo da forma que sempre viveram, em vilarejos isolados com mínima influência do mundo exterior. Em Kiribati, entretanto, onde as pessoas dependem fortemente da ajuda humanitária do exterior, virtualmente todos os adultos tinham sobrepeso ou eram obesos. As crianças eram mal nutridas. A diabetes estava tão fora de controle que o hospital local amputava até 20 membros por semana.”

Voltando aos posicionamentos recentes contra o óleo de coco e a gordura saturada, pergunto: a quem interessa condenar o óleo de coco e glorificar o óleo de soja, canola e girassol (comprovadamente nocivos)?

O óleo de coco é um produto predominante de cooperativas, com bastante esforço manual e artesanal. Requer mão de obra, por isso é mais caro. Óleo de coco não pode ser produzido na mesma larga escala que acontece com a soja, canola, girassol e outros. Portanto, não é lucrativo para as grandes corporações.

Há motivos razoáveis para um posicionamento contra o uso do óleo de coco para emagrecer. Ainda, seria razoável sugerir que o uso do mesmo não tem utilidade para prevenir ou resolver determinadas enfermidades, com o argumento (real) de que não existem evidências conclusivas (apenas sugestivas). Mas, condenar o óleo de coco e sugerir óleos poli-insaturados industriais é inaceitável.
Estes óleos estão relacionados indubitavelmente ao aumento da oxidação do colesterol, ganho de peso, obesidade, problemas advindos do excesso de ômega 6, como aumento da inflamação e quadros inflamatórios sistêmicos.

Vejamos algumas informações de um estudo oficial:

Potenciais malefícios de substituir gorduras saturadas por óleos poli-insaturados (ômega 6):

·        Maior risco de câncer
·        Risco aumentado de doença coronariana, eventos cardiovasculares, morte devida a doença cardíaca e mortalidade geral
·        Aumento de LDL oxidado
·        Redução de HDL
·        Aumento da mortalidade global (todas as causas)

Desde que a sugestão oficial nos EUA de diminuir as gorduras saturadas e aumentar as poli-insaturadas e carboidratos, foi adotada, na década de 70, aconteceu o aumento gradual de diabetes tipo 2 e obesidade atingindo um número de pessoas nunca antes visto.

A partir desses dados, é fácil compreender que a epidemia global de aterosclerose, doenças cardíacas, diabetes, obesidade e síndrome metabólica está sendo alimentada por uma dieta rica em carboidratos/açúcar e óleos refinados, e não de gordura natural saturada, algo que os órgãos oficiais hoje estão começando a reconhecer, haja visto que as mais recentes diretrizes dietéticas oficiais dos EUA já não restringem o colesterol ingerido com a alimentação.

Para finalizar, citamos um trecho traduzido que foi publicado na revista britânica de cardiologia:

Recomendações dietéticas baseadas na evidência da literatura:

·        As diretrizes e recomendações dietéticas que sugerem a substituição de gordura saturada por carboidratos e gorduras ômega-6 poliinsaturadas não refletem a evidência corrente na literatura
·        Uma mudança nessas recomendações é drasticamente necessária, dado que a saúde pública pode estar em risco
·        O aumento na prevalência de diabetes e obesidade nos EUA ocorreram com o aumento no consumo de carboidratos, não de gordura saturada
·        Não há prova conclusiva de que uma dieta pobre em gordura tenha quaisquer efeitos positivos na saúde. De fato, a literatura indica uma ausência geral de qualquer efeito (bom ou ruim) de redução da ingesta de gordura
·        O medo das pessoas de que a gordura saturada eleve o colesterol é completamente infundado, já que a distribuição das partículas de LDL é piorada quando a gordura é substituída por carboidrato
·        Uma campanha de saúde pública é drasticamente necessária para educar a população sobre os perigos de uma dieta rica em carboidratos/açúcar
·        Seria ingenuidade assumir que quaisquer recomendações relacionadas a carboidratos ou ingesta de gorduras se apliquem a alimentos processados – que sem dúvida alguma, devem ser evitados
·        Enfim, realmente sugiro que as manchetes sejam analisadas com cuidado. Recomendo uma dose de pensamento crítico em qualquer análise.

E a conclusão do estudo:

Em resumo, os benefícios de uma dieta low-fat (particularmente uma dieta que substitua gorduras saturadas por carboidratos ou ácidos graxos ômega-6 poli-insaturados) são seriamente questionáveis. As diretrizes nutricionais deveriam avaliar a totalidade da evidência e reconsiderar fortemente suas recomendações da troca de gorduras saturadas por carboidratos ou gorduras ômega-6 poli-insaturadas.

Água pura, óleo de coco e pensamento crítico não fazem mal a ninguém.

Por Flávio Passos com a colaboração de Pedro Ivo
Referências:


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CUIDE BEM DE VOCÊ
O óleo de coco não falta aqui em casa e há muito que é utilizado por mim e também se encontra em meus Blogs.
AVALIAÇÃO por RADIESTESIA na dimensão MENTAL do distúrbio, que afeta o EMOCIONAL e COMPORTAMENTAL, interferindo na SAÚDE FÍSICA do ser humano. ATENDIMENTO ONLINE BRASIL





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